segunda-feira, 23 de julho de 2007

JÁ... MAICA


Levei uma tanga das antigas dos amigos pelo padrão das minhas mais recentes viagens: Jamaica (na foto) e Holanda, no espaço de 20 dias. «O périplo da Erva» chamaram-lhe, com a malícia e prepotência de quem só vê o lado obscuro da vida... Mas é verdade que tanto na Jamaica como nos Países Baixos é muito fácil encontrar e consumir livremente drogas leves sem ter a polícia à perna. Mas dificilmente uma viagem em família às Caraíbas pode ser convertida numa fuga pelos eflúvios e aromas marroquinos; já em relação à Holanda, e tendo em conta que fui lá em trabalho, já não digo nada.
Mas é da Jamaica que se fala nestas linhas: um país bonito, verdejante, dominado por paisagens de sonhos e mantos vegetais que se estendem pelas montanhas da ilha e nos remetem para a verdadeira essência das Caraíbas. O lema por essas bandas é: «No problem», com tudo o que de bom e mau acarreta... Sim, o serviço é lento, o povo ainda não se libertou da pressão colonial que dominou a Jamaica durante décadas, não esperem mordomias e sorrisos em catadupa, o jamaicano é parcimonioso a soltar afectos e muito orgulhoso. Como costumo dizer, mais vale a sinceridade que a aparência, e, neste aspecto, o povo é tudo menos imprevisível.
Aconselho vivamente uma visita, porque há muito para sentir e ver. Ocho Rios, Montego Bay, cascatas, praias, muito sol, também alguma chuva, temperaturas sempre acima dos 28 graus, água quente, muito quente. Mas, cuidado, quem tem a ideia de que a Jamaica tem praias até perder de vista, pode tirar daí o sentido. Existe uma faixa de cerca de 17 quilómetros de praia de areia fina em Negril, a zona turística de eleição e mais cara, mas as restantes praias são artificiais, porque a costa é dominada por corais que impedem a sedimentação.

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