domingo, 18 de abril de 2010

El Gringo



No passado dia 23 de Fevereiro, num jogo da Liga Intercalar entre o Varzim e o Sp. Braga, escrevi um texto que, para meu espanto, aborreceu algumas pessoas: que Madrid estava surpreendentemente «leve e fresco» depois de recuperar de mais uma lesão (traumatismo com contusão óssea) e que a sua entrada no onze era um dado adquirido, em face da fraca produtividade de Olberdam. Não sei se o brasileiro cedido pelo Marítimo tem muitos adeptos ou se a desconfiança em redor das capacidades físicas de Madrid é tão grande ao ponto de tanta gente me ter dito, através de e-mail ou pessoalmente, que eu vira um filme muito estranho na Póvoa de Varzim. Houve até quem sugerisse que estava de má-fé, vejam lá. Entretanto, El Gringo disputou seis jogos consecutivos a titular, todos completos e a um nível que considero muito bom. Marcou o golo da vitória sobre o Rio Ave. No último desafio, frente ao Leixões, esteve simplesmente excepcional. E vai ser assim até o Campeonato terminar. Estarei novamente a delirar?


5 comentários:

Miguel Nunes disse...

Devia ter chegado mais cedo e ter tido mais sorte no FC Porto...

clipsdevidro disse...

Acho que não. Não há delirio nenhum. Mas confesso que eu, apesar de admirar Madrid,também desconfiei da sua recuperação e ainda bem para ele e para o Braga. Espero que esteja mesmo de volta o "velho" Andrés Madrid.

Pedro Ribeiro disse...

Penso que era mesmo desconfiança em relação às capacidades físicas... e disponibilidade mental do argentino. O que não admira: há mais de três épocas (desde a primeira investida do Porto) que Madrid não jogava com regularidade ao seu nível.

Parece que está de regresso, ainda que num esquema táctico diferente daquele em que ele fez furor - e que exige dele um maior raio de acção. Mas Madrid tem-se readaptado bem. Ainda bem. Espero apenas que não haja recaídas. Acredito que ainda possa readquirir no clube a importância que um dia já teve. Mas talvez já não vá a tempo de chegar onde poderia ter chegado na sua carreira se as lesões e/ou a desmotivação não o tivessem impedido de dar expressão à sua qualidade de forma plena.

Pascoal Sousa disse...

A disponibilidade mental do Madrid é um ponto realmente pertinente, amigo Rui. Julgo que foi mais acentuado por ocasião do final do período de empréstimo ao FC Porto, quando soube que não ia ficar. E não ficou por motivos que um dia, se calhar, vou contar. Aí, foi-se abaixo e se voltou a emergir muito se deve ao trabalho psicológico desenvolvido por Domingos. Mais atrás, e olhando à catadupa de lesões, era natural que o Madrid não estivesse bem do ponto de vista mental. Três épocas nisto custa muito, sobretudo para quem na primeira época «a sério» fez 32 jogos - e que no meio ano em que chegou para substituir Luís Loureiro se integrou tão bem na dinâmica do grupo e da equipa. Vejo agora um Madrid muito diferente, fortalecido e mais confiante. Se o tempo correr a seu favor, mais dia menos dia os adeptos já não vão temer recaídas. Abraço a todos, obrigado pela visita Rui, Armando e PB

Cidchen disse...

Não, nada de delirios!

Eu sabia que ele iria surpreender muita gente. Quando está psicologicamente bem, também o está dentro das quatro linhas.

É um génio, e a salvação do nosso meio-campo.

PS: Vou à Choupana na última jornada!