Foto: Reuters/Yahoo.com
Grande clássico em Alvalade, rasgadinho, intenso, emocionante e imprevisível. E mal apitado, também, mas como estou de folga vou fazer de conta que não vi nada nas duas áreas. Interessa é que o conceito «clássico» não foi, desta vez, deturpado por espartilhos tácticos e defensivos. Talvez por se tratar de uma eliminatória, assistiu-se a um jogo de grande qualidade técnica, em que os intervenientes deram tudo o que tinham e investiram abertamente na vitória. Cada um com os seus argumentos: bem melhor o Sporting no primeiro tempo, com uma entrada de leão, boa reacção do FC Porto após o intervalo, na demanda pelo empate que surgiu numa cavalgada louca de Hulk, com uma finalização notável.
A coisa decidiu-se nos penalties. É engraçado: já vi centenas de desempates através da marcação de grandes penalidades e fico sempre a pensar se não haverá melhor método para encontrar o vencedor de uma partida. Mas é assim que mandam as regras e Helton, que já fora o melhor do FC Porto no tempo regulamentar, subiu à categoria de herói. Notável, também, o jogo de Izmailov. Por vezes esconde-se muito da acção, mas no clássico foi o motor do espectáculo.
A coisa decidiu-se nos penalties. É engraçado: já vi centenas de desempates através da marcação de grandes penalidades e fico sempre a pensar se não haverá melhor método para encontrar o vencedor de uma partida. Mas é assim que mandam as regras e Helton, que já fora o melhor do FC Porto no tempo regulamentar, subiu à categoria de herói. Notável, também, o jogo de Izmailov. Por vezes esconde-se muito da acção, mas no clássico foi o motor do espectáculo.
4 comentários:
Este Sporting-F.C.Porto, foi paradigmático do que tem sido a época portista.
Quem visse a primeira-parte dira sem problemas:- não temos jogadores, não temos equipa, é, talvez, o pior Porto dos últimos dez anos.
Quem visse depois, a segunda-parte, principalmente, até à saída de Caneira, diria:- afinal, temos gente a equipa tem qualidade e há bons jogadores, alguns até, muito bons.
Depois e até ao fim, surgiria a dúvida.
Eu continuo a pensar - não saio disto - que o treinador tem muitas culpas no cartório, desta instabilidade que a equipa dá mostras. Jesualdo, inventa, altera, confunde, perturba e intranquiliza a equipa, os jogadores e isso notou-se particularmente, na primeira metade do jogo de ontem.
Mas, o Sporting-F.C.Porto, também mostrou que esta equipa e estes jogadores, têm brio, espírito de vencedores e crença. Depois de três derrotas seguidas - com tudo que isso significa num clube habituado a ganhar, quase sempre - e tendo pela frente dois desafios decisivos, o conjunto azul e branco, deu uma excelente resposta e teve capacidade, para alcançar os objectivos pretendidos, mesmo em circunstâncias muito difíceis, em que teve de correr atrás do prejuízo.
Se Jesualdo conseguir estabilizar, encontrar as melhores opções e apostar nelas, sem andar sempre a mexer, temos gente capaz de atingir o que pretendemos e fazer uma época à altura dos pergaminhos de um F.C.Porto, Tri-Campeão.
Nota final:se às vezes as claques merecem forte censura, ontem, merecem uma grande palavra de parabéns, pois sem elas, o F.C.Porto estaria praticamente sózinho em Alvalade.
Um abraço
O que continuo a achar, caro amigo Dragão VP, é que comparativamente ao Quique Flores ou Paulo Bento, o Jesualdo Ferreira não goza de grande tolerância. Falha, está tramado. Isso cria intranquilidade, também ao nível das opções finais na equipa titular.
Meu caro, isso pode ser verdade, mas é o preço a pagar por treinar o F.C.Porto. É a nossa cultura e quem não for capaz de perceber e de saber lidar com ela, não vai a lado nenhum.
Faço-lhe uma pergunta:-sabe porque é que contra o Leixões, o Jesualdo meteu o Mariano a defesa-esquerdo?
Já fiz esta pergunta a dezenas de pessoas e ninguém sabe.
Um abraço
Não sei. Imagino que ao meter o Mariano no lado esquerdo da defesa a intenção foi dar mais profundidade ofensiva ao flanco. Em teoria, o FC Porto passaria a defender com 3 unidades, mas na prática o Mariano mal passou do meio-campo. Foi um tiro no pé, não tanto pelo Mariano, que é o que se sabe a atacar e a defender, mas porque sem Tomás Costa no lado esquerdo o FC Porto ficou manco. Abraço
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