quarta-feira, 30 de maio de 2007

DOIS NEGÓCIOS, DOIS ESTILOS, MUITO DINHEIRO

O futebol português acaba de perder dois jogadores de altíssimo nível técnico. Nani e Anderson partiram para o Manchester seduzidos pelos milhões que os investidores americanos injectaram recentemente no colosso inglês. Sporting e FC Porto não podiam desprezar a oferta, porque ambos gerem quadros financeiros instáveis, vendo-se forçados a vender activos para equilibrar os exercícios. Não há em Portugal nenhum clube capaz de recusar negócios que envolvam montantes superiores a 25 milhões de euros. Por muito que custe, por muito que se saiba que a Bwin lusa perde muito com a saída de duas estrelas, ninguém é capaz de negar que FC Porto e Sporting fizeram grandes negócios.

O curioso desta história prende-se com a gestão da informação. Nesse capítulo, emergiram dois estilos: às 6.30 horas, quando o emissário inglês e Carlos Queirós aterraram em Lisboa, já se sabia ao que vinham. Jornais, rádios e televisões davam ampla cobertura ao negócio MU/Sporting/Nani. No campo oposto, só no início da noite, por volta das 20.30 horas, começaram a surgir as primeiras notícias sobre Anderson. Até aí, ninguém sabia ou imaginava que o jovem talento brasileiro estaria de abalada, muito menos para Inglaterra, muito menos ainda para o MU. É verdade que às 16 horas houve uma vaga impressão de que o FC Porto estaria a negociar um jogador.

O rumor correu as redacções, mas o fumo era quase imperceptível no horizonte, não possibilitando a detecção do foco de incêndio. Só à noite, quando o FCP se preparava para colocar a notícia na sua página oficial na Internet, é que a sensacional transferência estoirou para o exterior. Dois negócios, dois estilos. em comum, muito dinheiro em caixa, para os clubes e para a Gestifute, de Jorge Mendes.

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