domingo, 22 de novembro de 2015

Festa do Amarante e Taça envenenada de Ivo


Fui a Amarante ver a festa da Taça de Portugal. Há 20 anos que não fazia um jogo em Amarante e muita coisa mudou, a começar pelo complexo desportivo, uma infraestrutura muito bem concebida, pelo menos no que respeita ao equipamento principal, que sustenta a bancada central. 3500 espetadores vibraram com a vitória do Amarante. Imagino que na Madeira só o pessoal da Choupana e do União tenham experimentado igual sentimento. Esteve mal o Marítimo: lento e previsível no primeiro tempo, apesar de ter dominado todos os capítulos do jogo - mais posse, mais remates, mais ataques, mais tudo menos um bom envolvimento coletivo. 

O Amarante é uma equipa muito bem arrumada, com notável organização e que levou para o relvado um plano bem elaborado. Não é uma equipa fantástica - no Campeonato de Portugal acredito que possa fazer uma excelente carreira - mas teve aquilo que faltou ao Marítimo: vontade, empenhamento, solidariedade, determinação. Às vezes bastam estes ingredientes para ser «tomaba-gigante» na Taça.

Mas é preciso, também, que do outro lado haja uma equipa em desassossego. E há. A ideia que passou é que nem todos os jogadores estão com Ivo Vieira e - mais que isso - o treinador também não está com todos os jogadores. Veremos o que acontece na sexta-feira, no derby com o Nacional. Apontamentos do Amarante: um guarda-redes com futuro, André Fonseca, que tem só 19 anos. César, uma fortaleza no eixo da defesa; Cesinha, sim o meu amigo Cesinha, ex-SC Braga, que ainda mexe e muito com o ataque. E Miguelito, o Fellaini do Amarante (foto), que marcou um belo golo. É um bom jogador, já com 25 anos. Caberia facilmente numa equipa média da Liga2.


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