As contas do grupo estão aqui bem explicadas. Lopetegui até tem números muito interessantes no FC Porto. Bateu alguns recordes internos e somou ciclos de jogos que entraram nos registos históricos do clube. Na época passada perdeu só cinco vezes, mas cada vez que perdeu uma das metas desportivas foi ao ar. Taça de Portugal (Sporting), Taça da Liga (Marítimo), Campeonato (Marítimo e Benfica) e Champions (Bayern). Podia ser azar. Podia ser coincidência. Mas não é. É um padrão. Uma matriz que a manter-se poderá, em concreto, comprometer um projeto desportivos valorizado por um plantel que - quase todos concordam - é dos mais ricos e equilibrados do futebol português.
Às derrotas «cirúrgicas» juntam-se também, na Liga, os empates que «empataram» a vida ao dragão quando a estrada parecia desimpedida para engatar a quinta velocidade e fugir dos concorrentes. No geral, pode criticar-se o rendimento de algumas peças-chave da equipa. Contudo, no jogo com o Dínamo, o bloqueio foi da baliza ao ataque e espantosamente o FC Porto só teve duas oportunidades soberanas para marcar, ambas por André, ambas com a intervenção de um jogador adversário, ambas com o mesmo destino: os ferros da baliza.
Não sou treinador. Gosto de ouvir falar de táctica. Digam-me se estou errado: acho que falta a este FC Porto um jogo mais vertical. Troca bem a bola, tem sempre mais posse, mas falta-lhe objetividade, atrasa muito o encontro com o golo. E mais: acho que explora mal os lances de bola parada, especialmente os cantos. No futebol cada detalhes conta e ganhar num livre ou num canto não é pecado. Pecado é desprezar os muitos atalhos que existem para se chegar a uma baliza.
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