segunda-feira, 30 de abril de 2012

Campeão, pois claro


Estes são os jogadores que hoje se sagraram campeões nacionais pelo FC Porto. É mais um título para os dragões, numa época de altos e baixos. Já o tinha escrito aqui, não é novidade para ninguém, na hora da verdade emergiu a força de uma estrutura. A quantidade de tiros nos pés que os portistas deram no primeiro embalo da época fazia supor que podia haver um novo campeão. Sucede que o Benfica de Jesus mantém a matriz de equipa avassaladora e que parece devorar tudo à sua passagem até determinada fase da temporada. Depois, dá o berro. Estoira. O FC Porto nunca chega a esse ponto. Cai mas levanta-se e sobrevive às críticas como se nelas encontrasse energias para continuar a sua demanda pelo título. 


Foi uma conquista dispendiosa. Mais cara do que era expectável. Em ano de estreia como treinador principal, Vítor Pereira cometeu erros de aprendizagem que considero normais. Alguns activos que André Villas Boas valorizara (Guarín, Bellushi, Fucile, Rolando) ou saíram pela porta pequena ou perderam valorização. Outros, como Álvaro Pereira, Fernando, Hulk e João Moutinho mantiveram a sua cotação, mas em face das correcções que o FC Porto fez em janeiro para se reanimar a venda de pelo menos três destes quatro jogadores é inevitável. Mas Vítor Pereira também fez coisas bem feitas. Manteve o grupo, ou parte do grupo que interessava, sintonizado com o título. Tarde, mas ainda a horas, percebeu em que zona do terreno podia Lucho equilibrar o colectivo. Falou sempre com o coração, de forma franca e honesta, e eu valorizo essa postura. Ficará? Ainda não ouvi um único amigo daqueles entendidos na matéria dizer que sim.

Mas, lembro-me que quando Jesualdo terminou o segundo ano no FC Porto, também todos eram unânimes em considerar que o ciclo do professor terminara. E continuou mais um ano. O certo é que Vítor Pereira é campeão. Sê-lo no FC Porto é mais fácil? Ser campeão não é fácil em lado nenhum.

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