quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Catenaccio em russo



Ao observar a segunda parte do jogo FC Porto-Zenit, em altura alguma pensei que os russos iam sair no Dragão em festa. Presumi que do muito fluxo ofensivo portista surgiria, mais cedo ou mais tarde, o golo salvador que confirmaria o apuramento da equipa aos oitavos da Champions como primeiro classificado do grupo. O Jogo tem um título apropriado: «Foi-se a Liga ficaram os campeões». Parece-me justo reconhecer que o FC Porto fez uma exibição ao nível do que se exige numa Liga dos Campeões, com João Moutinho formidável, um Hulk menos bem (ou mal, consoante a avaliação) e um colectivo unido na demanda pela vitória.

O Zenit, orientado por um italiano, traduziu bem para o russo o catenaccio, um conceito que implode espectáculos e por vezes penaliza a equipa mais empreendedora. Ganhar a Liga Europa, assumir claramente este objectivo, é agora uma obrigação de Vítor Pereira. Sim, porque a história desta saída prematura da Champions não começou no jogo com o Zenit.

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