sábado, 17 de dezembro de 2011

Besiktas: ainda bem


Quem visita regularmente este espaço sabe que tenho uma paixão muito grande por Istambul. Se pudesse, estaria agora lá, a passear pela Taksim, a sorver os eflúvios dos mercados do peixe, a tomar um chá sentado numa esplanada com vista para o Bósforo, contemplando as silhuetas dos edifícios da parte asiática da cidade. 

Fiquei, portanto, contente com o resultado do sorteio da Liga Europa que coloca frente a frente o Braga e o Besiktas. Feliz também pelo meu amigo Carlos Carvalhal, que tem feito um trabalho extraordinário nas águias negras, uma equipa hoje em dia muito mais forte do que aquela que o FC Porto defrontou em 2010. 

O ambiente no Inonu Stadium é de outro mundo, mas na minha forma de ver é mais um factor que favorece e enriquece o espectáculo do que propriamente um inferno em chamas para os adversários do Besiktas. Ali desfruta-se do melhor que um público fanático, mas apaixonado, pode oferecer. Se a eliminatória fosse amanhã, não tinha grandes dúvidas em atribuir o favoritismo ao Besiktas.


Em Fevereiro muita coisa pode mudar. O Braga vive um quadro de insuficiências  que com alguma imaginação Jardim conseguiu disfarçar. Fez de Salino um lateral de eleição (amanhã o tema na Bola é sobre esta metamorfose) e imagino que, degrau a degrau, o futebol da equipa atingirá o patamar que o madeirense pretende. Mas em Janeiro terão de entrar, no mínimo, duas a três mais-valias, jogadores de calibre superior. 


Neste momento, quer no plano colectivo, quer individual, o Besiktas é mais forte, mais harmonioso, com um núcleo formado por 20 jogadores de enorme qualidade, talento e potencial. Carvalhal fez-me o favor de através do Facebook manifestar a sua satisfação por rever amigos e estar em Braga, de onde, verdadeiramente, nunca saiu. Só se ausentou. 

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