sábado, 26 de novembro de 2011

(como) jogar com 10



Quando Jorge Jesus estava no Braga, subtraía sempre um elemento à equipa em teoria mais forte, na última meia hora dos treinos. E avaliava a organização em campo, corrigindo posições, lançando conselhos e avisos lá para dentro, procurando «harmonizar» o caos. Não acompanho o Benfica, mas suponho que ele não alterou de metodologia. O jogo com o Sporting, em que o Benfica jogou 28 minutos, mais quatro de compensação, em inferioridade numérica, é um indicador de que as equipas de Jesus não ficam coxas com um a menos. Sofrem, podem ter aqui e ali alguma fortuna, mas vendo bem as coisas, no caso do clássico da Luz, os leões limitaram-se a despejar bolas para a área de Artur Moraes e só por uma vez estiveram muito perto de marcar e por um erro do guardião brasileiro. Recapitulando: a entrada para o paraíso faz-se pela porta da organização; a password é: unidade.

4 comentários:

Miguel Nunes disse...

Defensivamente o Jesus é do melhor q ha no mundo. N tenho duvidas. O problema é que ele anda maluco com as goleadas, e só quer jogar com tudo ao ataque e abre a equipa toda...

Rui Côrte-Real disse...

Só contabilizar uma oportunidade de golo, na segunda-parte, por parte do Sporting, quando Artur faz a intervenção da partida, em resposta a cabeceamento de Elias, contrariando assim a "sua" opinião, que é a mesma do acéfalo Jorge Jesus, é o mesmo que dizer que as bancadas no final do jogo não arderam. Uma questão de perspectiva.

Pascoal Sousa disse...

Não contabilizei uma oportunidade de golo do Sporting na segunda parte, mas sim depois da expulsão do Cardozo, que aconteceu aos 62 minutos. A única oportunidade flagrante foi aquela, desperdiçada pelo Elias. O resto foram situações de pressão que a defesa do Benfica foi resolvendo.

Pascoal Sousa disse...

PB: o que acho é que o Jesus está outra vez a cair na teia tecida pelo seu ego. Considerar o modelo do Benfica um exemplo para as outras equipas é descabido, até porque colectivamente o Sporting pareceu-me ser uma equipa mais harmoniosa e capaz. Cada equipa terá os seus princípios de jogo, as suas ideias tácticas e organização - mas a melhor será aquela que no fim levar o clube ao título.