terça-feira, 28 de setembro de 2010

É pensar na Liga Europa...

Estou neste momento no Axa, vazio de público e de emoção. Acabei de enviar a apreciação da equipa do Sp. Braga. Elegi o Matheus como o melhor da equipa. O homem do jogo foi Douglas Costa, autor de dois passes de morte para Luiz Adriano e que fechou a noite com o terceiro golo, obtido na conversão de uma grande penalidade. Depois da chapa «3» aplicada pelo Shakhtar ao Sp. Braga, resta aos minhotos pensarem na Liga Europa. Para isso acontecer, têm de ganhar, dia 19, ao Partizan e empatar ou ganhar na Sérvia. O terceiro lugar, até ver, é uma hipótese. Tal como é o último posto que a equipa ocupa o grupo H.

O Sp. Braga entrou bem, teve oportunidades, através de Salino, de chegar ao intervalo a ganhar. Depois emergiu a imensa qualidade do Shakhtar. É mais equipa que o Sp. Braga, não há que esconder as evidências. Individualmente e como colectivo, os ucranianos foram muitos melhores na segunda parte do que fora o Sp. Braga na primeira. Marcaram, num frango de Felipe, e sem dificuldades engordaram o resultado. A frio, direi que a troca de Salino por Lima não correu bem. Não por culpa de Lima, que fez o que dele se esperava, mas porque sem referência criativa o Sp. Braga sucumbiu perante o agigantamento das melhores unidades do Shakhtar - que são muitas, Luiz Adriano, Douglas Costa, Willian, Pyatov (belo guarda-redes), Hubschman, Srna, Mkhitaryan, e por aí fora.

10 comentários:

Tim disse...

Grande erro de Domingos ao tirar Salino com 0-0.
Esta equipa bracarense vai continuar a ser até ao fim o bobo da corte neste grupo.

clipsdevidro disse...

Não concordo. O Braga jogou bem e sempre melhor que os ucranianos.Se na primeira parte tivemos uma oportunidade por Salino, na segunda tivemos muitas oportunidades para marcar. Depois veio aquele frango que mexeu com a equipa, mas continuamos por cima e com oportunidades para marcar. Só depois do 0-2, sem que eles fizessem nada por isso é quem, logicamente quebramos. Também não percebi a troca do Salino, mas são opções. Faltam disputar 12 pontos e não é garantido qual o nosso destino. Está dificil o apuramento para os oitavos, mas ainda não é impossivel, tal como, podemos até ficar em último.
@tim: o Braga é o bobo deste grupo, mas está numa competição que de certeza o teu clube também não se importaria de ser o bobo. A inveja não mata mas corroi...

Pedro Ribeiro disse...

Acho apenas que a frase "os ucranianos foram muitos melhores na segunda parte do que fora o Sp. Braga na primeira". Apenas se se quiser referir ao pós-segundo golo...

De resto, é verdade que o Shaktar mostrou ser uma equipa mais madura e com jogadores de melhor qualidade. Vinha com uma estratégia bem definida, manter a posse de bola, mesmo que de forma inócua, trocando-a no seu meio-terreno, limitando as possibilidades de contra-ataque do Braga e jogando com o facto, nada despiciendo, de o empate poder ser um bom resultado para si mas não para o Braga. Há que dizer no entanto que a estratégia poder-lhes-ia ter saído furada porque o Braga teve possibilidades de se adiantar no marcador - não falando no lance da grande-penalidade não-marcada ou no cartão vermelho perdoado a um defensor quando Paulo César se isolava a caminho da baliza.

Também penso que a sua apreciação à saída de Salino é demasiado branda. Não correu bem!? Tinha tudo para não correr bem! Coincidência (ou não!) sofremos o primeiro golo no minuto seguinte (com generosa contribuição de Felipe que teima em jogar sobre a linha de golo, facilitando a tarefa aos avançados) e então sim veio à superfície a diferença de maturidade entre as duas equipas: o Braga desenfreadamente à procura do golo (que, verdade seja dita, poderia ter surgido) e o Shakhtar à espera do seu momento. Diga-se que Lucescu leu bem o jogo, introduzindo Jadson de forma a aproveitar o espaço entre linhas que o Braga continua a conceder - neste jogo, sobretudo após a saída de Salino e com o desgaste de Vandinho e Aguiar.

Nesta fase, o Shakhtar, com espaço, mostrou a qualidade dos seus jogadores ao passo que o Braga se afundava, também perturbado psicologicamente pela forma como a desvantagem chegara.

Domingos deve retirar lições desta partida (e das últimas), porque se há utilidade que as derrotas têm é exactamente colocarem à evidência as nossas fragilidades. Falta sobretudo uma referência posicional à frente da defesa - que foi na época passada Vandinho mas, nesta temporada não é, por opção estratégica de Domingos. A fragilidade do Braga pela faixa central do meio-campo é arrepiante - as alas ontem estiveram bem cobertas. Uma equipa que saiba explorar os espaços entre linhas, arrisca-se a marcar vários golos - como se tem visto.

Não será contudo fácil ressuscitar a equipa no plano anímico, mesmo que com outras opções tácticas...

NOTA: como já tínhamos concordado, Paulão não é uma boa alternativa a qualquer dos centrais titulares... sem prejuízo de, ontem, também Moisés não ter estado bem...

Pedro Ribeiro disse...

[continuação] Domingos deve retirar lições desta partida (e das últimas), porque se há utilidade que as derrotas têm é exactamente colocarem em evidência as nossas fragilidades. Falta sobretudo uma referência posicional à frente da defesa - que foi na época passada Vandinho mas, nesta temporada não é, por opção estratégica de Domingos. A fragilidade do Braga pela faixa central do meio-campo é arrepiante - as alas ontem estiveram bem cobertas. Uma equipa que saiba explorar os espaços entre linhas, arrisca-se a marcar vários golos - como se tem visto. A articulação entre a linha defensiva e o meio-campo tem sido muito deficiente - ainda que ontem, há que dizê-lo, tenha havido progressos, pelo menos enquanto houve pernas em Vandinho e Aguiar.

Não será contudo fácil ressuscitar a equipa no plano anímico, mesmo que com outras opções tácticas...

NOTA: como já aqui concordámos, Paulão está muito aquém da dupla de centrais titular. Ontem isso foi evidente nos lances dos golos - muito passivo e lento a sair ao portador da bola permitindo-lhe espaço e tempo para o passe nas costas da linha defensiva (algo descoordenada, diga-se). A verdade, no entanto é que Moisés também não teve uma boa noite... e claro a cobertura do meio-campo foi, nesses lances, nula.

Miguel Nunes disse...

O braga teve erros nao mt comuns, e falhou demasiados golos. O Shakatar marcou tudo o q teve...

Resultado tremendamente injusto!

Não acredito que o Partizan consiga sair de Braga com uma vitória!

Pascoal Sousa disse...

Amigo Pedro: quando uma equipa faz, em 45 minutos, 3 golos, enquanto a outra, no mesmo período do tempo, não faz nenhum, a conclusão parece-me óbvia. Concordo que a avaliação global não pode desprezar os pequenos e grandes momentos do Braga, os episódios na baliza de Pyatov, mas o ponto essencial é que o Shakhtar ganhou 3-0, fez 6 pontos, e está bem lançado no grupo H. A questão da maturidade: acho que o problema do Braga não é esse. O problema do Braga é a fadiga mental. Há um Braga antes do Arsenal e outro depois do Arsenal. Aqueles 6-0 derreteram a equipa, tornaram-na amorfa e pouco agressiva. 11 faltas num jogo da Champions é um dado estatístico muito preocupante, que revela a falta e agressividade deste Braga, que tão bem bem defendia à zona, que fazia transições como poucas equipas em Portugal e que tinha processos, quer a defender quer a atacar, muito bem definidos. Parece que tudo isso ficou enterrado naquela noite fatídica de Londres. O que a equipa tem de perguntar a si própria é o seguinte: abdicariam da Champions se conhecessem os dois resultados com o Arsenal e o Shakhtar? É evidente que não. O Braga merece a Champions, justificou-a através da brilhante classificação obtida na época passada na Liga e nas duas pré-eliminatória com o Celtic e o Sevilha, dois conjunto poderosíssimos. Acho que faz falta ao Braga retirar prazer de estar na Champions. O prazer anda geralmente de maõs dadas com o sucesso. Abraço

Pedro Ribeiro disse...

Mas eu não reclamei nenhuma vitória moral. Dou de barato que o Shakhtar, em função das diversas circunstâncias do jogo, ganhou porque foi melhor, no sentido em que foi essencialmente mais inteligente e emocionalmente pareceu sempre uma equipa mais tranquila. Agora, também não pode ser escamoteado que os ucranianos não foram brilhantes a defender a sua baliza, mesmo na segunda metade, porque só mesmo por alguma sorte, mérito do seu guarda-redes e aselhice dos nossos avançados não sofreram golos. Depois do 2-0, sim, dominaram a seu bel-prazer, ante um Braga sem nexo, completamente à deriva.

E nem estou a desvalorizar o aspecto psicológico da coisa. Já o tinha dito, após o desastre de Londres, era importante reanimar a equipa. Contudo, as circunstâncias do empate em Paços de Ferreira aprofundaram a crise de confiança. Não tenho dúvidas disso. Isso viu-se também na forma comoa equipa ontem reagiu (sem cabeça) à adversidade.

Mas isso não justifica tudo. Tem havido más opções de Domingos. A substituição de ontem de Salino por Lima fez-me lembrar Queirós. E sobretudo a forma como abordou o jogo de Londres pareceu-me de um homem que sobre-avaliou o potencial da sua própria equipa (e/ou sub-avaliando a equipa inglesa). Talvez a exibição do Dragão o tenha iludido. O que quero dizer é que Domingos também está a aprender, não só a defrontar equipas deste nível (técnico e táctico) como também a gerir um plantel com jogos com intervalos de 3-4 dias. Também estamos a pagar por isso. O importante é que se retirem as devidas lições das derrotas porque há também aspectos tácticos a corrigir. [continua]

Pedro Ribeiro disse...

[continuação] Quanto à questão do prazer da competição, creio que Domingos tem gerido mal as expectativas em relação à equipa. Sem que isso lhe retirasse ambição, o primeiro objectivo deveria ser a permanência nas competições europeias (a nossa teórica obrigação). Não tínhamos de ir a Londres "discutir o jogo" - bastaria não fazer má figura - e tínhamos os recentes exemplos das visitas do Porto como alerta. Nem tínhamos de fazer do jogo de ontem um jogo transcendental. O mesmo na Liga onde Domingos se deixou ingenuamente levar pela cantiga dos candidatos ao título, sem se insurgir quanto a esse rótulo. Uma equipa como o Braga só pode pensar nessa questão no último terço da Liga. Até lá é prematuro. É evidente que estas imprudências depois podem fazer ricochete...

Mas ainda em relação a Londres, há resultados que marcam uma época. Assim como, por exemplo, a (inesperada) derrota do Benfica frente ao Porto na Supertaça ditou quanto a mim o mau começo da equipa da Luz. Veremos se, no nosso caso, há força anímica para recuperar dos últimos golpes. O próximo jogo (na Luz) não vem a calhar...

Pascoal Sousa disse...

Fkuzão Negro: claro que será um prazer receber um blog do enorme Flu no meu humilde espaço. Já cá canta, na zona dos adeptos.

Fluzão Eterno disse...

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