sábado, 27 de fevereiro de 2010

A César o que é de Paulo



Só vi um bocado da segunda parte do jogo Braga-Olhanense, mas pelo que percebi Domingos Paciência apostou em Paulo César para ocupar a posição 10 (afinal, segundo o amigo Rui Pedro foi o Meyong, mas para o caso interessa é reter a ideia que a seguir exponho). Paulo César É um jogador com uma disponibilidade impressionante, um profissional de corpo inteiro que do meio-campo para a frente pode actuar em qualquer posição, e sempre com um rendimento elevado. Até por isso, torna-se mesmo essencial o Sp. Braga segurá-lo para a próxima época, já que o brasileiro está em final de contrato.

O Axa não encheu para celebrar a vitória por 3-1 dos arsenalistas. Não me espanta. Com bom tempo e calor, é um palco maravilhoso. Com chuva e algum vento os espectadores sentados nas bancadas inferiores e em parte das bancadas superiores ficam expostos aos elementos. Por metade do preço, fazia-se uma arena impermeável; pelo mesmo preço, fazia-se uma arena impermeável em que cada sócio do Sp. Braga teria direito a beber uma garrafa «Moët & Chandon» e a receber massagens nas costas durante os jogos. Para sempre.

3 comentários:

Pedro Ribeiro disse...

O Paulo César fez um bom jogo... mas quem fez a posição 10 foi... Meyong, jogando no apoio a (mas atrás de) Matheus - que, actuando como ponta-de-lança, fez uma excelente partida, corroborando a ideia que tenho de que ele é sobretudo um avançado e não um ala/extremo. Ah, Evaldo fez um jogão!

Mas já se anunciam problemas para Setúbal com a lesão (muscular?) de Miguel Garcia, que certamente obrigará Domingos a recolocar Filipe Oliveira na lateral. O Filipe fez um jogo em crescendo como homem mais recuado do meio-campo, terminando a um muito bom nível e francamente, parece ser a melhor solução disponível para o lugar (pelo menos de entre as que até aqui foram testadas).

Ah e é oficial: Viana está uma lástima - é quem mais sente a ausência de Vandinho.

Pascoal Sousa disse...

Obrigado, Rui Pedro, até já fiz algumas alterações no post. Para o caso é só uma nota para reforçar a importância que tem para uma equipa e para um treinador ter um jogador como o nível de Paulo César. Não vi o jogo todo e mais vale não fazer grandes avaliações de fundo. O Braga tem, contudo, o problema recorrente do trinco. A confirmar-se a lesão de Miguel Garcia, F. Oliveira terá mesmo de ir para lateral-direito. O trinco? Só vejo Olberdam. Pode ser que o banco lhe tenha feito bem - embora, não querendo ser duro ou injusto, me pareça que em Braga o banco é mesmo o «habitat natural» do brasileiro. Abraço

Pedro Ribeiro disse...

Esqueci-me de referir (só para corroborar os seus elogios a Paulo César) que o brasileiro fez as assistências para o segundo e terceiro golos.

Quanto ao trinco, se calhar tem mesmo de ser Olberdam... mas é uma solução muito pobre para a posição 6. Muito macio, raramente ganha um despique individual, facilmente ultrapassado e sem grande sentido posicional. Mas enfim, o jogo terminou com Olberdam e Luís Aguiar como os dois médios mais recuados e Viana remetido para a posição 10 (já sem Meyong em campo). Atendendo ao que se tem visto de Viana, estou em crer que a melhor solução para Setúbal poderá ser Olberdam - Aguiar + Mossoró.