sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Menos clubes, melhore clubes



O plantel do Varzim denunciou ontem a existência de casos dramáticos que afectam uma parte importante dos jogadores, por causa de três meses de ordenados em dívida. Disse Pedro Santos, o capitão da equipa, que há companheiros que nem dinheiro têm para comer e que se socorrem de bolachas para calar a fome. É uma situação recorrente no emblema poveiro, que há anos enfrenta dificuldades de tesouraria. Se há anos que é assim, porque razão está o Varzim numa Liga profissional? A resposta: porque estamos em Portugal.

Em Espanha, por exemplo, um clube que queira participar na Liga Adelante (a II Liga) tem de apresentar pressupostos financeiros substanciais (e sérios) e, se for o caso disso, formar uma Sociedade Anónima Desportiva num prazo de duas épocas. Quem quiser, quer, quem não puder que fique no terceiro escalão. Por cá, a Liga Vitalis tem 16 clubes, qual deles o menos viável. O Campeonato até é interessante e competitivo, mas não gera receitas suficientes para manter uma estrutura com tantos clubes. Há, portanto, necessidade de reduzir, não só na II Liga mas também na Liga Sagres, na qual habitam emblemas que não oferecem condições de dignidade aos seus profissionais.

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