segunda-feira, 25 de maio de 2009

O «meu» onze do ano

Este é o onze do ano para o DNM. Aqui, joga-se em 4x3x3, pois claro, embora fosse mais fácil compactar a equipa em 4x4x2, que sempre se incluía mais um ou outro nome sonante do nosso campeonato. É um onze onde caberiam muitos mais jogadores. Por uma questão de justiça, e porque o futebol também vive de suplentes, escolhi sete reservas de luxo. Mais tarde, depois da final da Taça de Portugal, divulgo a escolha dos três melhores treinadores.

BALIZA

Bracali
Guarda Redes
28 anos
Brasileiro
Nacional da Madeira


Digno sucessor de Diego Benaglio. Segurança e firmeza entre os postes, aliada a uma elasticidade notável


DEFESA


João Pereira
lateral-direito
25 anos
Português

Sp. Braga

A forma pendular como explora todo a corredor direito é uma imagem de marca à qual associa sempre uma contagiante vontade de vencer


Bruno Alves
Defesa-central
27 anos
Português

FC Porto



O capitão portista é hoje uma referência incontornável do FC Porto. Possante, quase imbatível nas alturas, empresta consistência e segurança à defesa azul e branca. O verdadeiro patrão


Diego Ângelo
Defesa-central
23 anos
Brasileiro
Naval



Um defesa de calibre elevado numa equipa de média/baixa dimensão. Deve andar muita gente distraída neste país...


Aly Cissokho
Posição: lateral-esquerdo
21 anos
Francês
FC Porto

A descoberta do ano. A jogar bem perto de Lisboa, os dois grandes da segunda circular demoraram muito a traçar-lhe o perfil. No Porto, chegou, triunfou e estancou uma ferida no lado esquerdo do campeão nacional


MEIO-CAMPO

Fernando
Médio
21 anos
Brasileiro
FC Porto




Aguentou muito bem o peso psicológico de suceder a uma jogador como Paulo Assunção. Antigo internacional sub-20 da canarinha, mostrou atributos mais que suficientes para ser um dos indiscutíveis de Jesualdo Ferreira


Luís Aguiar
Médio
23 anos
Uruguaio
S
p. Braga



Um dos médios mais completos da Liga. Ataca e defende sem oscilações de rendimento. Infelizmente, não vai parar por cá muito mais tempo.


Ruben Micael
Médio
22 anos
Português
Nacional da Madeira


Outra grande revelação. Pezinhos de ouro, cérebro sempre a debitar boas ideias, um médio corajoso e abnegado que saiu a tempo do anonimato das segundas divisões

AVANÇADOS


Hulk
Avançado
22 anos
Brasileiro

FC Porto

Indomável, por vezes genial, sempre explosivo. Descoberto no Japão, lapidado pela sapiência de Jesualdo, eis o verdadeiro triunfo da prospecção. Por ele pagaram 5 milhões por metade do passe. Barato, digo eu.


Nenê
Avançado
25 anos
Brasileiro
Nacional da Madeira

O rei dos marcadores da Liga, com 20 golos. Tanto joga como única referência na área como com um companheiro ao lado - tanto faz, o homem só tem olhos para a baliza. E tem cá um balázio...

Lisandro López
avançado
26 anos
Argentino

FC Porto



Dispensa grandes comentários. Um jogador à FC Porto, também moldado à filosofia do clube. Primeira época algo discreta em Portugal, as restantes a confirmar que merece entrar nas contas de Maradona. Outro que vai embora?

SUPLENTES:

Eduardo (guarda-redes, Sp. Braga)

Maxi Pereira (lateral/médio-direito, Benfica)

Maicon (defesa-central, Nacional)

Roberto Sousa (médio, Leixões)

Liedson (avançado, Sporting)

Cardozo (avançado, Benfica)

Varela (extremo, Estrela da Amadora)

10 comentários:

José Lemos disse...

Com potenciais trocas de titulares por suplentes e o acréscimo de Ruben Amorim, João Moutinho, Raul Meireles, Cristiano, Nuno André Coelho ou Daniel Carriço, os meus eleitos não andavam longe. E a primeira metade de Wesley foi fantástica, assim como as segundas de Nuno Assis e Fábio Coentrão.
Dois destaques finais: Saleiro (apesar da sua juventude) e Hugo Leal, provaram que ainda têm muito para dar ao nosso futebol.

abraço

Pascoal Sousa disse...

Infelizmente, só cabem 11 + 7. É o problema deste tipo de exercício. Os nomes que mencionou caberiam em qualquer montra de honra, e até acrescentaria mais alguns: Rodriguez (sc braga), Yazalde (rio ave), Vandinho (sc braga), Maicon (Nacional), Tiago Pinto (trofense), Beto (Leixões) e por aí fora. Afinal, matéria-prima não falta, não é? Abraço

Martins disse...

Boas

Como é lógico, todo o tipo de escolhas para este de seleção será sempre um opinião pessoais de quem as faz, não são certas nem erradas, apenas pessoais.
Assim sendo, concordo com uma boa parte das escolhas feitas e discordo com uma pequena parte.
Concordo com a "titularidade" de Bruno Alves,Fernando,Ruben Micael,Hulk e Nené, bem como o "banco" de Roberto Sousa, Cardozo, Maicon e Varela.
Posso aceitar João Pereira "titular" e Maxi "suplente", aceitando também o inverso. O mesmo é válido para Bracalli e Eduardo, podendo juntar-se ainda as possibilidades Beto e Peskovic. Aceito também Cissokho na esquerda (não houve muito melhor).
Não concordo com o "titular" Lisandro e o "suplente" Liedson. O argentino esteve longe do que foi na época passada, "ofuscado" pelo surgimento e explosão de Hulk e elevado rendimento de Rodriguez. Liedson começou mais tarde, jogou menos tempo, fez mais golos e assistências e foi decisivo no segundo lugar do Sporting. Entendo a escolha como uma preferência pela qualidade do jogador e não pela época. Não questiono a qualidade, que é muita, mas o rendimento de Liedson foi claramente superior. Não concordo com A escolha de Miguel Angelo. Sem dúvida, é um bom central a clamar até por mais altos voos, mas com rendimento mais elevado estiveram, por ex., André Coelho, Rolando, Carriço e o próprio Maicon. Entendo a escolha com mais uma preferencia pessoal em relação à qualidade e por pensar que é o unico que vê qualidade no jogador. Não é...
Por último, na minha opinião a escolha, ou a não escolha com a qual mais discordo. Poderia aceitar Luis Aguiar, até Lucho, Hugo Leal ou Moutinho, mas não escolher sequer para o "banco" Raul Meireles é incompreensivel. Na minha opinião, Meireles foi o melhor do campeonato e da época em Portugal. Foi o melhor do Porto na sua pior fase (inicio) e manteve o mesmo nivel durante todo o restante campeonato. Ajudou à afirmação de Fernando, "cobrindo" as asneiras iniciais da adaptação do brasileiro e correu por ele e por Lucho, disfarçando a o baico rendimento deste em alguns jogos. Correu kms, marcou, deu a marcar, desarmou, desmarcou-se vezes sem contas. Sem dúvida, foi a grande equilibrador do campeão e o seu melhor jogador. É incrivel que se fale tanto na "qualidade" de Di Maria ou Veloso e não em Meireles. É a imprensa que temos...

Saudações

Pascoal Sousa disse...

Bom dia, Martins. É indiscutível que Raul Meireles foi dos melhores do FC Porto. Compará-lo a Veloso não é de facto intelectualmente honesto tendo em conta o que ambos fizeram esta época. Mas, como disse, este onze está compactado em 4x3x3, logo alguém tinha de ficar de fora. Podia ter ido para o banco? Podia, mas houve tb da minha parte a intenção de dar relevo a alguns nomes que por vezes são relegados para segundo ou terceiro planos. Não será o onze ideal: tem muito de subjectivo, claro, mas reparará que todos, ou quase todos, tiveram ligados aos melhores momentos dos clubes que representaram. E, não, julgo não ser o único a reparar que Diego Ângelo (não o Miguel, do Trofense)nem tenho a pretensão de me substituir aos scoutings que percebem muito mais do asssunto do que eu. Quanto a Lisandro estamos em claro desacordo: para mim entra no onze sem hesitações por ser uma referência de área como não há muitas em Portugal.
Abraço

Martins disse...

Boas

BigSousa, antes de tudo, peço desculpa pelo confusão entre Miguel Angelo e Diego Angelo. Provavelmente, já estaria a pensar no tema de Meireles em que iria falar de Veloso...:) Acredite que estava a pensar no Angelo da Naval quando escrevi sobre o tema.
Em relação às razões para a exclusão de Meireles, compreendo a intenção e também considero justo que esses jogadores sejam realçados.
EM relação a Lisandro, julgo que no que diz respeito a ser referencia de área, não vejo onde Liedson possa ser inferior (ou mesmo fora dela). E mais uma vez o rendimento deste foi claramente superior. Mas é a sua opinião, como é lógico, a qual respeito.

Saudações

Anónimo disse...

Respeitando as escolhas, penso que o Liedson merecia mais que o Lisandro entrar no «onze», ainda que ambos sejam grandes craques.

Em relação a Cissokho, queria só dizer que concordo que merece uma nota de destaque e até o estatuto de revelação do ano, mas acredito que, a meio da próxima época, o F.C. Porto já anda a ver se compra outro lateral esquerdo, depois de perceber que o Cissokho não é assim tão bom.

Martins disse...

Boas, novamente

Peço desculpa se me estarei de alguma forma a intrometer no seu trabalho, mas como está na onda das escolhas dos melhores da época, poderia levar a cabo uma votação mais abragente. Do tipo, dentro das categorias jogadores, treinadores, clubes e internacional, escolher o melhor, a revelação, o maior flop e a maior desilusão. Deixo já as minhas escolhas:

Jogadores:

Melhor- Raul Meireles
Revelação- Nené
Maior Flop- Balboa
Maior Desilusão- Aimar


Treinador:

Melhor- Jesualdo Ferreira
Revelação- Domingos
Maior Flop- Quique Flores
Maior Desilusão- Dauto Faquira


Clubes:

Melhor- FC Porto
Revelação- Leixões
Maior Flop- Beleneneses
Maior Desilusão- SC Braga


Internacional:

Melhor- Futebol do Barcelona
Revelação- Titulo do Wolfsburgo
Maior Flop- Scolari
Maior Desilusão- Inter de Mourinho

Pascoal Sousa disse...

Boas, Martins. Obrigado pelo contributo. Aqui está sempre à vontade para expor o seu ponto de vista. Já agora, e embora tenha o onze na cabeça, gostaria de ouvir os bloguistas em relação ao próximo 11 + 7 sub-21. Atenção que a idade refere-se ao início da época e não ao seu final. Quem começou com 21 anos e está agora com 22 entra na contagem.

Relativamente aos treinadores do ano, vou esperar pela Taça de Portugal. Não que isso altere o primeiro lugar, mas pode eventualmente subir o ranking de Paulo Sérgio, que para mim já é destaque por natureza, em função da época que fez em Paços, em especial na Taça.

dragao vila pouca disse...

E eu a pensar que o Rolando tinha feito uma grande época, mas afinal não fez...

Um abraço

Pascoal Sousa disse...

Caro Dragão: há que distribuir o «bem» pelas aldeias. Por definiçao, o onze mais forte é sempre o do campeão nacional. O que se pretende aqui é fazer uma selecção, que tem de ser mais diversificada nos nomes. Abraço