domingo, 1 de fevereiro de 2009

The Man


REUTERS/Hugo Correia/Via Yahoo.com

Já o deram como acabado, quiseram vestir-lhe o fato de embaixador do Benfica em África, despachá-lo para bem longe, mas Pedro Mantorras quer é jogar futebol. O adjunto de Quique, Escribá, disse que a equipa técnica do Benfica sempre acreditou que o angolano podia decidir jogos. Não sei porquê, mas acho que o único que acredita em Mantorras é ele mesmo. E, por isso, é credor da admiração de tantos adeptos. Não só do Benfica.

2 comentários:

António disse...

Que o futebol e a paixão que gera é 95% de irracionalidade e 5% de encanto pelo desporto em si, não é novidade. Mas cada momento que nos relembra as profundas raízes dessa paixão é um momento mágico. Como o foi, quer para os benfiquistas quer para os verdadeiros amantes deste desporto único, o momento em que o mártir Mantorras entrou em campo, soltando um lancinante grito de revolta contra o destino (em forma de remate enrolado) que abanou todo o estádio, dando assim a vitória ao Benfica contra o Setúbal.

Como sportinguista vibrei com esse momento, pelo homem, pelo que significa para todos os adeptos de futebol poder acreditar que a magia continua a ter uma importante fatia nos destinos do jogo, apesar dos cifrões, dos apitos dourados, dos salários em atraso. Esqueci-me que para o meu Sporting a coisa não fica muito famosa com este golo, esqueci-me que há alguns anos, quando o então relativamente desconhecido Mantorras jogava pelo Alverca assisti, em pleno Estádio dessa cidade, ao então jovem com um futuro que se adivinhava brilhante, marcar dois fabulosos golos a uma defesa leonina despedaçada, creio que comandada pelo grande André Cruz.

Parabéns Pedro Mantorras, que continues a relembrar-nos a paixão do jogo. Se o Suazo tivesse um décimo da tua paixão, o Benfica seria campeão. Assim, felizmente, só os teus milagres mantêm a chama acesa. Felizmente os milagres são cada vez mais raros.

http://bolaseletras.blogs.sapo.pt/

Abraço,
António Almeida

Pascoal Sousa disse...

Belo texto, António. Magnífico.